História do Natal

 

História do Natal: origem, significado e símbolos

 

O Natal comemora o nascimento de Jesus, a figura mais importante do Cristianismo. Por esse motivo, para os cristãos, trata-se de uma das principais datas comemorativas.

O dia de Natal é feriado religioso em muitos locais do mundo. O chamado ciclo do Natal é celebrado durante doze dias, que compreendem o dia 25 de dezembro até o dia 6 de janeiro. Esse período está relacionado com o tempo que os três reis magos, Baltazar, Gaspar e Melchior, levaram para chegar a Belém, cidade onde nascera Jesus.

O Natal teve origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno no hemisfério norte (solstício de inverno). Outros povos da antiguidade também celebravam a data, seja pela chegada do inverno ou pela passagem do tempo. É o caso dos mesopotâmicos, que celebravam uma festa pagã em que um homem era escolhido para ser sacrificado.

A partir do século IV, e com a consolidação do Cristianismo, a festividade foi oficializada como Natal do Senhor. Como não se sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, essa foi uma forma de cristianizar as festas pagãs romanas, dando-lhes uma nova simbologia.

A escolha da data foi determinada pelo Papa Julius I (337-352) e, mais tarde, foi declarada feriado nacional pelo Imperador Justiniano, em 529. Deste modo, sem estar associado à sua origem, o Natal passou a ser comemorado em muitos países.

Com o Natal surgem vários sinais representativos dessa comemoração festiva, cada qual com um significado distinto e com origem pagã ou religiosa.

Quando falamos no nascimento de Jesus, a representação mais marcante é o presépio, afinal ele retrata o cenário onde o Menino nasceu. E aí, de forma conjunta ou isolada, conhecemos os elementos que nele figuram: a sagrada família, composta por Jesus, José e Maria, os três reis magos, o anjo e a estrela. O primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis, no século XIII, na Itália.

Depois, cada vez mais, a montagem do presépio tornou-se uma tradição forte e passou a ser montado nas casas, nas igrejas e em diversos locais durante o ciclo do Natal. Ainda no campo religioso, os bonitos anjos usados na decoração do Natal remetem a São Gabriel, o anjo que anunciara a Maria que ela seria mãe de Jesus.

Os três reis magos são sábios e astrólogos que foram à procura de Jesus para adorá-lo e levar-lhe presentes. As estrelas nos topos das árvores de Natal são justamente o sinal seguido pelos reis magos para encontrar o lugar onde Jesus tinha nascido.

A tradição de montar árvore, numa proposta religiosa, é mais recente. Foi Martinho Lutero, a principal figura da Reforma Protestante, quem montou a primeira árvore em casa.

Antes de Lutero as pessoas já usavam pinheiros enfeitados para comemorar a chegada do inverno porque essa árvore é a que mais resiste aos invernos rigorosos. Ela é, portanto, símbolo de esperança e paz, assim como Jesus para os cristãos.

A figura do Papai Noel é inspirada em um bispo turco chamado São Nicolau. Ele costumava deixar moedas próximas às chaminés das pessoas mais necessitadas. É por isso que ele representa a generosidade que acaba invadindo os corações na época natalina.

Com o tempo, e através de campanhas publicitárias, São Nicolau se tornou popular e deu lugar ao aspecto que hoje conhecemos do Papai Noel, que em vez de moedas, deixa presentes às crianças que se portam bem ao longo do ano. Sua origem vem da Europa, onde as pessoas costumavam deixar a porta das suas casas abertas para receber viajantes.

O Natal simboliza a união e a confraternização das famílias. Assim, na véspera de Natal, os familiares se reúnem à mesa para a tradicional ceia de Natal. Como cardápio, é comum, na cultura brasileira, ter o peru assado, frutas secas e o panetone. O peru foi associado à ceia, possivelmente porque ele atinge seu tamanho adulto no outono e normalmente as aves são abatidas no meio do inverno do hemisfério norte.